O primeiro trecho da concessão da Ferrovia Norte-Sul entre os municípios de Porto Nacional, em Tocantins, e Estrela D’Oeste, em São Paulo, chamado agora de Malha Central, terá operação até dezembro. Foi o que afirmou, na última terça-feira (10), o secretário nacional de Transportes Terrestres do Ministério da Infraestrutura, Marcello da Costa.
 
A fala aconteceu durante o Centro-Oeste Export, fórum regional de logística e infraestrutura portuária.
 
“Devemos entregar em dezembro deste ano esse pequeno trecho. É uma grande revolução no Centro-Oeste a partir da conclusão do trecho de Porto Nacional a Estrela D’Oeste. Isso agilizará uma série de novos negócios induzindo novos investimentos”, disse.
 
O secretário ainda comentou sobre o cronograma de entrega da ferrovia. Segundo ele, todos os trechos estarão operacionalizados até metade de 2021.
 
“No nosso cronograma prevemos três entregas. A primeira já em dezembro, de São Simão [Goiás] a Estrela D’Oeste. O trecho de Rio Verde a São Simão em março do ano que vem. E o trecho mais para o norte, até Anápolis, já em julho de 2021. Ao final desse cronograma, a Ferrovia Norte-Sul estará 100 % operacional”, afirmou Costa.

BR do Rio
Também presente no encontro, o diretor do Departamento de Navegação e Hidrovias da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Dino Batista, atualizou sobre a proposta BR do Rio, que segundo ele será lançada no início de 2021 pelo governo para fomentar o uso dos rios como modal de transporte.
 
A ideia do governo é elaborar uma proposta que seguirá nos moldes do PL (Projeto de Lei) 4.199/2020 – o BR do Mar – objetivando desburocratizar o setor de navegação. O BR do Mar começou a ser discutido no ano passado e foi enviado à Câmara mais de um ano depois, onde ainda não foi apreciado.
 
“Imaginamos que no início do ano já podemos trazer para a sociedade propostas, não só em termos legislativos como também de instrumentos infralegais e ações do Minfra e do governo, para desenvolver o setor. O objetivo é mais institucional. É fazer uma avaliação não só dos gargalos de engenharia e de infraestrutura, mas sim dos gargalos institucionais no setor da navegação interior.  Seguiremos os mesmos moldes do BR do Mar”, explicou.