21/01/2021 - 09:06:00

PRESIDENTE DO BNDES DEFENDE FOCO NO USUÁRIO PARA DEFINIR PRESTADOR DE SANEAMENTO

 PRESIDENTE DO BNDES DEFENDE FOCO NO USUÁRIO PARA DEFINIR PRESTADOR DE SANEAMENTO

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou que o banco está assessorando o governo na decisão sobre o que fazer em relação à regulação do marco do saneamento, com foco na prestação de serviço ao cidadão, e não em quem vai prestar o serviço.

"Damos a visão técnica. Não participamos do debate político. E o que temos dito é que tem que acabar essa discussão público privado. Não importa se é público. Não importa se é privado. Importa é se o cidadão está recebendo um serviço de qualidade. Se sim, ótimo, continua quem tá prestando", disse o presidente do banco.

A fala ocorreu durante o programa Poder em Foco, exibido pelo SBT no último domingo (17). Montezano foi entrevistado pela jornalista Roseann Kennedy e pelo editor-chefe da Agência iNFRA, Dimmi Amora. O programa está disponível neste link. https://youtu.be/nquAaDlz0ZQ

Montezano defendeu que o setor de saneamento deve ser o carro chefe dos projetos de infraestrutura do país pelos benefícios que ele pode trazer, defendeu a modelagem feita pelo banco para o leilão da Cedae, que deve ocorrer em abril, e garantiu que há recursos para a universalização até 2033, a depender da qualidade dos projetos.

Segundo Montezano, após uma reestruturação interna, o banco tem hoje o que ele chama de uma fábrica de projetos, com propostas em várias áreas em análise, mas que precisam ser feitas dentro do seu tempo para evitar projetos mal feitos. 

"Nosso foco primordial é na qualidade e temos que garantir a qualidade final dele ao usuário", disse o presidente do banco informando que a carteira do banco já chega perto dos 100 projetos, mas que eles precisam de maturação. "Não dá para estalar os dedos e achar que vai ter um leilão no dia seguinte. Possivelmente ele não será bem sucedido."

Privatizações
Montezano afirmou que a carteira de projetos de venda de ativos está andando, com priorização para o projeto dos Correios, e que é possível cumprir o cronograma dentro dos dois anos de governo. 

No caso do Banco do Brasil, ele afirmou que o banco não vai ser privatizado no atual governo, mas vê com naturalidade que, em algum momento no futuro, o banco "terá que ser privatizado" para não "ficar para trás" na disputa tecnológica. Mas, no caso da Eletrobras, Montezano afirmou que o cronograma depende do Congresso.

"Tão logo isso ocorra [aprovação do projeto no Congresso], vamos estar prontos e preparados para executar os projetos de modelagem", disse o presidente do BNDES.